Deixo o gelo do conhaque misturar-se a ele, e espero , sento
na poltrona e fumo um cigarro, e ainda espero .
O couro dela é um pouco gasto, isso me traz lembranças da
infância e o velho sofá do meu avô, o furinho entre o couro que do outro lado
existe costura, onde eu colocava os dedos e via a programação de tv, comecei a
sentir saudades de peguenas coisas antigas, como dos lençóis de retalhos que
minha vó fazia , eu
os amava . Voltei novamente para o conhaque, a memória se dispersou feito
fumaça ao toque das mãos, e meu pensamento voltou a ser sombrio, terei de jogar
mesmo o conteúdo do copo e pegar outra dose , e fumar outro cigarro, que
preguiça , vou ficar aqui e esperar alguém passar por essa maldita porta
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